quarta-feira, novembro 15, 2006

Hoje choveu..

Hoje choveu, tive a sensação da água a escorrer-me pelo rosto,
Era uma chuva pura, uma chuva capaz de me limpar a alma,
De me purificar, de me libertar, de me esvaziar a mente,
Uma mente cheia, cheia de indignações

Permanecia encharcado,
Sentia as calças coladas ás pernas
Tinha o guarda-chuva danificado, danificado pelo vento,
Mas protegeu-me, sacrificou-se por mim,
As ligeiras pingas que permaneceram no casaco,
Foram as impossíveis de evitar, era o inevitável

Permaneci o meu percurso,
O mais difícil já tinha sido ultrapassado,
O que falta é simples,
Com maior ou menor dificuldade, chegarei á meta,
Devo-o ao meu guarda-chuva.

A chuva aparenta não querer parar,
Cai violentamente, mas pousa suavemente no chão,
A violência que ela tenta para mostrar não é real,
É só para enganar, ela é pura.

Chego á minha meta vou socorrer quem me chamou,
A chuva atormenta-a,
Ela não consegue sair da chuva sozinha,
Fui socorre-la porque hoje choveu.