quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Fantasmas

E cá ando eu, perdido no interior da minha mente,
para onde quer que eu vá acabo sempre por me deparar contigo,
dou uma volta vejo-te, dou outra volta vejo-te, dou outra volta vejo-te,
sempre sempre, vezes consecutivas sem exaustão.
Dentro da minha mente eu tenho bem a percepção,
e não, tu não és um fantasma.

Não és um fantasma mas tenho medo,
tenho medo do que possa vir a acontecer,
tenho medo que satures até á exaustão e saias.
Dessa forma passarias a ser um fantasma, melhor,
se te fosses embora eu ficava com o teu fantasma na minha mente.
Disso sim, eu tenho medo.

O tempo: tenho-lhe o maior pavor do mundo.
Tenho pavor de ser engolido por ele,
tenho receio que ele te leve e não voltes,
tenho medo que o tempo não nos dê tempo.

Se eu pudesse eu roubava o tempo ao tempo,
assim, eu nunca mais necessitava de controlar ponteiros,
nunca mais tinha de escolher o tempo e o espaço,
nunca mais iria sentir o esfriar do meu sangue,
nunca mais teria fantasmas a vaguear cá dentro.

Nunca mais ia ter medo do medo.