sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Nunca trocámos muitas palavras, avô. Nunca soubemos o que dizer um ao outro. Nunca te consegui dizer algo que não passasse do superficial.

Hoje que partiste, lembrei-me que às tantas tenho algo a acrescentar. Curioso, o ser humano só se lembra destes pormenores nos momentos do desespero, antes, nada disto nos passa pela cabeça. De qualquer forma, sei que nunca teria coragem de soltar qualquer palavra que fosse. Porém, neste pedaço de papel sou capaz disso. Quer dizer, tento ser capaz, perco-me no meio de metáforas que tento criar para escrever este texto e a folha continua na mesma. Em branco.

Talvez esteja destinado a não te dizer mais nada, avô. Por vezes as palavras não são precisas para nada, e talvez este seja um caso desses.

Faço um minuto de silêncio.



Em memória do meu avô, escrito dia 1 de Fevereiro de 08, às 10.03 da manhã.

10 Comments:

Blogger Someone said...

Lamento... Se precisares de alguma coisa não hesites em dizer ;)*

12:47 da tarde  
Blogger Corduroy said...

Sinto muito meu caro... Eu quando perdi o meu há uns anos atrás, falava muito com ele, olhando o céu à noite. Talvez ajude...
Abraço e mt força.

10:19 da tarde  
Blogger Yan said...

um grande abraço, tiago.
estou sempre cá para tudo!

10:30 da manhã  
Blogger telma said...

Oh :\ força *
eu só conheci uma avó e graças a deus ainda está viva. *

2:01 da tarde  
Blogger fi. said...

um abraço forte*

2:36 da tarde  
Blogger Jacinta. said...

Força /:
um beijo *

1:54 da manhã  
Blogger Paulo said...

Bonita homenagem.

1:56 da tarde  
Blogger Someone said...

Estás bem? Assim espero :)
Abraço *

7:59 da tarde  
Blogger Cavaleiros do Apocalipse said...

"Por vezes as palavras não são precisas para nada, e talvez este seja um caso desses."
Ámen.
É, contudo, necessário que eu te diga que fiquei comovida com as tuas palavras tão simples. Ecoaram dentro de mim.
Tens algo especial. Um beijo.

(Sou a iAna do myspace)

7:37 da tarde  
Blogger Danny said...

exacto, às vezes o silêncio fala mais alto que as palavras, que se tornam supérfluas.

E lamento a perda do sr avô, sinceramente.

6:19 da tarde  

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