quinta-feira, abril 12, 2007

Noites em branco ( quando dormirei em paz? )

Bons, os tempos em que eu conseguía tocar o céu. Tu seguravas-me os tornozelos e eu tocava as nuvens. Tu fazias-me sentir. Fazias-me sentir o ser mais elevado do mundo. Ingénuo, foi o ser em que me converti.
Era tão bom contemplar o mundo de lá de cima, contigo.
Um dia, não sei se os teus membros branquejaram ( ainda não percebi nada de nada ), ou que raio se sucedeu, tu deixaste-me cair. Desmanchei-me em pedaços. Deixaste-me partir. Morri.
Ignoraste. Foste embora.
Eu no chão, permaneci. Ferido.
Ainda hoje é o dia em que aguardo que alguém me venha fazer um curativo e me ajude a levantar ( de preferência podias ser tu ).
Perante tamanha espera por um salvamento, entrei em coma. Eu já não aguentava mais. Entrei directamente num sono de pesadelos. Todos eles eram relacionados a ti.
Ainda hoje é o dia, pelo qual aguardo alguma palavra e um curativo..
Há muito que aqui reside o sono atribulado. Habitat eterno do medo. Da dor.