sexta-feira, abril 27, 2007

A tempestade.

Um dia estava-mos frente a frente,
de repente veio uma tempestade:
levou a minha mente e alma,
levou também o teu coração.

Os ventos arrastaram-nos, separaram-nos,
quebraram a tensão existente,
tinha sido aberta uma brecha para que não perdesses o controlo.
Para que pudesses respirar.

O estado tempestuoso soprou para atrás a página actual,
onde preencho estas linhas,
dando vida uma renascida página em branco.

Uma página que eu preenchera de dor, de morte,
infinita página de dor:
contém linhas intermináveis
e a dor é um tumor que se alastra progressivamente.
Mata.

Porém, um dia vi um feixe de luz iluminar a página recente,
percebi que era o fim da tempestade,
as palavras de luto negro nas linhas ganhavam um brilho incandescente,
convertiam-se num luto de branco,
queriam ver se iludiam a dor.
Mas não.

Agora que a tempestade parou, acalmou,
vamos os dois sair dos nossos esconderijos,
para um reencontro lá fora?

2 Comments:

Blogger Yan said...

tempestades são sempre assim... mas o melhor vem depois delas.

5:23 da tarde  
Blogger Someone said...

Talvez ;)

5:26 da tarde  

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