Ausência de quê?
o branco na minha cabeça,
o branco é nada, é ausência,
há quem diga que branco é cor,
e que preto é que é ausência de cor.
são iguais portanto,
ambos são nada.
ambos moram cá dentro,
o branco surge durante o dia,
o preto aparece à noite.
fazem turnos para não se saturarem.
de dia o branco domina-me cá dentro,
não há nada mais a não ser o silêncio,
e a ausência de tudo
quando anoitece, o preto predomina,
nada lhe resiste, morro interiormente.
no fundo todas as palavras são roubadas.
perdi a capacidade de dar vida às palavras,
e eu também já não tenho vida.
o branco é nada, é ausência,
há quem diga que branco é cor,
e que preto é que é ausência de cor.
são iguais portanto,
ambos são nada.
ambos moram cá dentro,
o branco surge durante o dia,
o preto aparece à noite.
fazem turnos para não se saturarem.
de dia o branco domina-me cá dentro,
não há nada mais a não ser o silêncio,
e a ausência de tudo
quando anoitece, o preto predomina,
nada lhe resiste, morro interiormente.
no fundo todas as palavras são roubadas.
perdi a capacidade de dar vida às palavras,
e eu também já não tenho vida.