domingo, outubro 21, 2007

Tenho medo.
Sinto-me tão desprotegido que só me sinto bem perante a tua presença. Que fonte de calor.
Precisava que me sussurrasses palavras bonitas ao ouvido, como quando se reconforta uma criança assustada que chora em forma de gritos.
Por favor, leva-me contigo.



Salva-me de mim próprio.




terça-feira, outubro 09, 2007

Eu subo uma rua inclinada todas as manhãs, faz parte da rotina.
Ao fim da tarde, quando desço a rua para ir para casa, deparo-me sempre com um velho sentado na beira de uma porta, não sei se aquela será a sua casa, mas ele está sempre lá. Sempre. Quando passo por ele, ele está sempre a fumar um cigarro. Suponho que aquele seja sempre o mesmo cigarro, já que ele está sempre na mesma. Custa a queimar, aquele.
Imagino que aquele ciagarro defina a distância e o tempo.

segunda-feira, outubro 01, 2007

As estrelas.

Se o teu preço for o número das estrelas que estão no céu, eu juro que aguardo que seja noite.
Acredita que voar pelo céu e contar as estrelas, uma a uma, passa a ser possível, a fazer sentido.
Enquanto a escuridão da noite não me engolir, não vou desistir. Podem passar anos de luz que eu espero, garanto-te que espero.
Eu só te peço que não deixes de acender as estrelas com a tua chama.
Se o vento soprar, já sabes. Acendes de novo.
Por agora, sento-me nesta pedra até desaparecerem os últimos raios de sol.